domingo, 18 de setembro de 2011

tango para aspies

“TANGO PARA OS LOBOS – Cantos proibidos de uma Aspie” sai em setembro pela Editora Russell, porém não vai estar nas livrarias. Os interessados podem escrever para villa.aspie@gmail.com .
Ana Parreira, autora, é psicóloga e descobriu, já na idade adulta, estar na condição de Asperger. Ana foi diagnosticada por médico, após ela própria se certificar dessa condição por meio de testes, estudo e contato com cientistas, pais de autismo e outros Aspies adultos.
Essa revelação, que lhe possilitou reconstruir a forma de estar no mundo, mudou sua vida e melhorou suas próprias condições, habilidades e suas dificuldades pessoais. Ana pertence a uma geração negligenciada pelo mundo autista, pela própria característica do autismo no Brasil, ainda muito pouco conhecido, e cujo aproveitamento tem sido privilegiado a crianças, com justa razão, porém não incluindo as gerações mais velhas.
O livro conta uma história de amor de uma Aspie, é um livro com base em situação real, embora alguns nomes sejam trocados.
A história é contada em prosa e em versos, onde Marília conversa com Thomaz, que evocam na modernidade o amor de Thomaz Antonio Gonzaga, ou Dirceu, e Maria Joaquina Dorotéia de Seixas, ou Marília. Este é um corajoso depoimento de uma mulher madura, que põe a descoberto a sua própria vida – e seu relacionamento com o amor – de maneira a que o leitor possa refletir sobre o mito de que os Aspies (ou Aspergers) “não têm empatia e não são capazes de amar”.
O livro traz uma carta de Drummond para Ana, que fala sobre “publicar um livro somente quando achar que está no ponto.” Traz na 4a. capa a análise do cientista Alysson Muotri, que fez a leitura do livro de Ana com muito cuidado.
“TANGO PARA OS LOBOS – Cantos proibidos de uma Aspie” não fala tecnicamente sobre os Aspergers, mas mostra muito sobre eles, principalmente sobre mulheres Aspies adultas - e suas possibilidades, dúvidas, limites e superações.
A autora percorre agora instituições, escolas, empresas e grupos formados levando o seu recado e sua experiência como Aspie e como psicóloga estudiosa do assunto, por meio de cursos e palestras. O telefone para contato é 19 – 9185.0015 ou 19 – 2511.2443 (fixo), em Campinas SP. Em algumas instituições dedicadas ao autismo, a autora destina parte da renda para esta causa.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Senado aprova política de proteção da pessoa autista

[senador Paulo Paim (PT-RS)]
O Plenário aprovou nesta quarta-feira (15) o Projeto de Lei do Senado (PLS) 168/11 que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa Autista. O projeto estabelece os direitos fundamentais da pessoa autista e equipara o portador desse distúrbio à pessoa com deficiência, além de criar um cadastro único dos autistas, com a finalidade de produzir estatísticas nacionais sobre o problema. O texto segue agora para análise da Câmara dos Deputados.
A política de proteção deverá articular, conforme o projeto, os organismos e serviços da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios nas áreas de saúde, educação, assistência social, trabalho, transporte e habitação, com vistas à coordenação de políticas e ações assistenciais.
O senador Paulo Paim (PT-RS) saudou a aprovação do projeto e lembrou que será realizada sessão de homenagem aos autistas no próximo dia 27. Paim é presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), autora da proposta, e foi seu relator na Comissão de Assuntos Sociais (CAS). O texto tem como base sugestão da Associação em Defesa do Autista (Adefa).
- Agradeço em nome dos autistas pela aprovação do projeto que interessa tanto a todos os familiares e, enfim, aos autistas.
Em seu parecer favorável ao PLS 168/11 na CAS, o senador Paulo Paim (PT-RS) explica que o texto "define a pessoa com transtorno do espectro autista com base em características clínicas da síndrome e a equipara à pessoa com deficiência, para todos os efeitos legais".
O projeto prevê ainda direitos dos autistas, como proteção contra exploração e acesso a serviços de saúde e de educação, ao mercado de trabalho, à moradia e à assistência social. Também estende o direito a jornada especial a servidor público que tenha sob seus cuidados cônjuge, filho ou dependente autista.
No debate da proposta, Paim lembrou que o assunto foi discutido em diversas audiências públicas no Senado. Ressaltou ainda que a política possibilitará a articulação de ações governamentais voltadas à proteção de pessoas com transtorno de espectro autista.
 
 
Paulo Cezar Barreto / Agência Senado

sexta-feira, 10 de junho de 2011

O cérebro no autismo

Alterações no córtex temporal podem causar prejuízo na percepção de informações importantes para a interação social